Rio Submerso?

Dolinas são depressões cônicas, circulares na superfícies, lembrando a forma de um funil. É uma das feiçoes mais frequentes e típicas de paisagens cársticas, e seu tamanho pode ser reduzido, ou mesmo do tamanho de estádios de futebol.

Cenotes são dolinas inundadas e ligadas a uma caverna marinha. (Seu nome vem de Dzonot, que na língua maia significa buraco no solo, ou poço. Segundo a tradição maia, a água que esses poços guarda é considerada "virgem ou pura" já que não foi tocada pela luz.)



O Cenote Angelita (Playa del Carmen - México) é conhecido pela aparência do seu fundo, onde uma camada de sulfato de hidrogênio é bem demarcada como uma nuvem densa e com a cor de um tom estranho, dando ao visitante a impressão de está vendo um rio dentro da água com um morrinho de terra e folhas, e ainda árvores. A água do Cenote Angelita é pura quanto mais superficial for, mas a medida que se aproxima do seu fundo, a água vai se tornando uma solução salina (ela nos 30 m ainda é doce, aos 60 m ela já é salgada). O ponto mais profundo é de 200 pés.
No caminho até o fundo, pode-se ver camadas de rochas espetaculares formadas durante a última era glacial.

Terremotos no Chile

O Chile na madrugada deste sábado (27/02/2010) foi atingindo por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter. Desde, então o país já registrou pelo menos 13 réplicas do abalo com intensidades entre 6,2 e 6,9.
O terremoto originou-se no mar, perto da cidade Concepción, a segunda maior do país, a uma profundidade relativamente pequena de 35 km causando destruição. Há alertas de tsunamis em todo o Pacífico.

CNN reporting wave height is ‘double’ what they saw in Samoan earthquake according to the D.A.R.T.S. - once wave
approaches shallow water, it climbs in height

O Chile está localizado no chamado "círculo de fogo", que designa os países banhados pelo Oceano Pacífico e que tem como uma das principais características ser uma das zonas mais sísmicas do planeta.
Os abalos sísmicos são mais frequentes e mais poderosos nas regiões limites das placas litosféricas, onde recebem a denominação de terremotos interplaca.
No caso do Chile, ele se encontra em sua maior porção, na parte superior, no limite entre as placas tectônicas de Nazca (placa oceânica) e Sul Americana (placa continental), e na parte inferior, no limite entre as placas da Antártica e Sul Americana. Essa é uma área de convergência de placas Oceano-Continente, na qual o placa de Nazca por ser oceânica e, portanto, menos densa que a placa Sul Americana, ela mergulha sob a placa continental em um processo chamado de subducção. Um resultado desse choque entre essas placas é a orogênese, que é a formação de montanhas, que neste caso, originou a Cordilheira dos Andes que cobre toda a costa ocidental da América do Sul e faz com que ela continue crescendo no tempo geológico.

As Placas tectônicas

Os terremotos nessas regiões são produzidos através do lento movimento dessas placas litosféricas, que geram tensões que são acumuladas principalmente perto de suas bordas, e quando essas tensões atingem o ponto de resistência das rochas, ocorre uma ruptura, gerando vibrações sísmicas que se deslocam em todas as direções na forma de ondas. São essas ondas sísmicas que causam danos perto do epicentro e são registrados pelos sismógrafos em todo o mundo.

O Chile é um local suscetível a fortes terremotos. Na história, há vários registros de abalos sísmicos devastadores nessa região, e é no Chile que foi registrado o terremoto de maior magnitude da história com 9,5 na escala Richter que vai de 0 à 9, na cidade de Valdívia, no sul do país, no dia 22 de maio de 1960, causando a morte de 5700 pessoas, e acompanhado de um tsunami que atingiu o litoral ocidental da América do Sul, Japão,e chegou às costas do Havaí matando 61 pessoas afogadas e às Filipinas provocando a morte de 32 pessoas. Esse terremoto ainda provocou a erupção do vulcão Puyehue, no Chile, e teve réplicas ao longo de um ano inteiro, alterando a geografia de 1000 km² do litoral chileno.